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Resenha: O visconde que me amava – Julia Quinn – Editora Arqueiro

Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.


Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.


Minha opinião: O visconde que me amava – Julia Quinn – Arqueiro – Classificação: 5/5
O visconde que me amava é mais um dos romances históricos que tanto amo. Ele é a sequência de O duque e eu, e é tão bem narrado quanto. Ele nos traz a história do mais velho dos irmãos Bridgerton: Anthony.

Desde que seu pai morreu – quando ele tinha 18 anos – Anthony não é mais o mesmo. Por ser o mais parecido e o mais ligado ao pai, Anthony foi o que mais se abalou com sua morte inesperada. Tanto que boa parte da sua vida foi planejada levando em conta esse acontecimento.

Agora, com 30 anos, decide dar um basta em sua vida de libertinagem e decide que é hora de se casar. O principal motivo que o levou a essa decisão é que ele acha que, como seu pai, vai morrer cedo, e sua hora está chegando. Apesar de estar procurando uma esposa, ele não quer de maneira alguma um relacionamento emocional. Quer apenas um legado, herdeiros.. E para isso decide que irá cortejar a candidata mais bela da temporada: Edwina. Porém para chegar nela ele terá que convencer sua irmã mais velha, Kate.

Kate perdeu a mãe muito cedo – com apenas 3 anos – e agora vive com sua madrasta e sua irmã do segundo casamento do pai, agora também falecido. Ao contrário do que se pode pensar, Kate foi muito bem criada por sua madrasta, que a trata como sua filha e as três vivem uma relação com muito afeto e carinho.

Kate passa a desempenhar o papel de protetora da irmã mais nova e é ela quem analisa todos os possíveis candidatos da irmã, já que essa é muito bonita e atrai muitas atenções. O problema está no fato de que Kate detesta completamente Anthony. Para ela, ele é um completo cafajeste e canalha devido a sua fama de libertino, mas não podemos deixar de perceber também um certo interesse dela em relação a ele.

“As mulheres não deveriam ter bichinhos de estimação se não conseguem controlá-los.

– E os homens não deveriam levar as mulheres com bichinhos de estimação para uma volta no parque se não podem controlar nenhum deles – retrucou ela. Anthony sentiu as pontas das orelhas esquentando com a raiva mal controlada.
– A senhorita é uma ameaça à sociedade.”


Como Anthony tem que conquistar primeiro Kate para chegar a Edwina, e esta o detesta, os dois vivem em pé de guerra. Temos discussões deliciosas entre eles, afinal os dois tem uma língua bem afiada e um gênio do cão o que nos rende comentários muito atrevidos e sarcásticos.

Aos poucos vai se formando entre eles uma atração que nem eles mesmos percebem. Começam a se admirar e perceber a real personalidade um do outro. Anthony começa a ver Kate como é: uma mulher inteligente, de personalidade forte, e muito protetora com sua família.

Em contrapartida Kate começa a ver que há mais em Anthony do que sua reputação de libertino. Percebe em suas ações o homem íntegro que realmente é, o modo como protege os inocentes e cuida de quem gosta. E agora que vê que ele não é como pensava, não resta outra opção a não ser deixá-lo cortejar sua irmã.. o problema é que eles podem estar sentindo um pelo outro coisas que não podem ser deixadas de lado..
Como no primeiro livro a narrativa de Julia Quinnn continua fluida e viciante. É impossível largar o livro. Os personagens são muito cativantes e suas personalidades difíceis nos garantem discussões muito bem humoradas e ótimas gargalhadas da nossa parte.

''Homens são criaturas contraditórias. A mente e o coração nunca estão de acordo. E, como sabem muito bem as mulheres, suas ações costumam ser governadas por um aspecto completamente diferente.'' - Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown - 29 de abril de 1814

Outro ponto positivo, foi a Lady Whistledown. A fofoqueira de plantão continua nos rendendo as fofocas mais quentes e comentários mais irônicos sobre nossos personagens. Ela é um dos pontos altos da leitura, fico cada vez mais curiosa pra descobrir quem ela é.

E é assim de maneira rápida e bem humorada que Julia Quinn nos apresenta a história de Anthony. É impossível não se apaixonar por ele e não querer saber mais sobre essa família tão peculiar da época!


Larissa Gaigher 

1 comentários:

Erika Rodrigues

Oi Larissa! Anthony é o Bridgerton que mais gostei até então. Esse livro é maravilhoso. E as participações da nossa amada fofoqueira continuam rendendo boas risadas.

Adorei a resenha!

Beijos

Espero sua visita =)

http://numrelicario.blogspot.com.br/

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